quinta-feira, 28 de abril de 2011

Aprendendo a andar de bicicleta



Desancore-se!


Durante tempos, a criação que nós tivemos de nosso pais é a de que estabilidade é algo seguro, e é isso que devemos buscar em nossa jornada. 
Claro! Eu não tiro a razão deles por nos criar dessa maneira, assim como eu também concordo com quem pensa dessa maneira. 
Mas as vezes eu paro para pensar na vida, na estabilidade e na tal "segurança" que nós tanto buscamos. E me surge uma pergunta simples na cabeça, mas intrigante:  
Será mesmo que nós devemos buscar "segurança"?
Isso mesmo! Será que nós devemos buscar "segurança"?
Ao analisarmos com mais cautela e deixando aquela antiga mania de acreditar que o caminho que nos mostram é o correto a ser seguido, podemos ver que nem sempre, somos feitos para ser seguros. Nessa busca incessante pelo o que é seguro, esquecemos de pensar quem realmente somos e o que realmente gostamos. Dessa maneira, muitas vezes (quase sempre), somos forçados a ser aquilo que não somos e a procurar por algo (trabalho, estudo, carreiras, estilo de vida) que não gostamos. Deixamos de lado todos nossos sonhos e nos contentamos com aquilo que nos foi mostrado, acreditanto seriamente que se nos desviarmos desse modelo, estaríamos fadados ao fracasso. 
A grande verdade, é que nós temos MEDO das mudanças, e o pior de tudo,  temos MEDO de mudarmos nós mesmos. Preferimos aceitar passivamente um esteriótipo de sistemas, do que buscarmos aquilo que REALMENTE QUEREMOS. Nós entramos numa verdadeira roda de ratos. Fazemos de conta que estamos correndo atras de um sonho, de uma realização, do sucesso, do reconhecimento, mas na verdade não saimos do lugar.
Estou certo que grande parte das pessoas concordam e sentem isso, mas ficam com medo de deixar seus portos seguros e arriscarem navegar por alto mar. ARRISQUE-SE!
Os navios estão seguros nos portos, mas não foi para ficar ancorado que eles foram criados. 
Se não desancorarmos das costas seguras, nunca cruzamos oceanos e conquistaremos novos horizontes.




terça-feira, 26 de abril de 2011

Mas, por quê?



Em uma gaiola com 5 macacos, é pendurado umas bananas num gancho alto, longe do alcance dos animais. Para que eles consigam pegar o fruto, é preciso que eles subam numa escada também posicionada dentro da gaiola, em baixo desde gancho.
Um dos macacos então, em sua jornada para pegar as bananas sobe na escada, mas assim que ele inicia sua subida, todos os macacos da gaiola recebem um jato de água gelada.
Depois de um tempo, um outro macaco tenta pegar a banana da mesma maneira, e então o mesmo acontece. Um jato de água gelada nele e nos outros macacos.
E isso se repete por mais duas vezes, até que os macacos percebam que toda vez que tocarem a escada, todos receberão um jato de água gelada.
É então desligado o jato de água.
Após isso, se outro macaco tentar subir as escadas, os outros irão tentar impedi-lo, mesmo que não haja mais água sendo jogada neles.

Depois disso, é removido um dos 5 primeiros macacos da gaiola e substituído por um novo macaco.
O novo macaco vê a banana e quer então subir pelas escadas para pegá-la. Mas, para seu horror, ele é atacado pelos outros 4 macacos.
Depois de outra tentativa e outro ataque, o macaco sabe que se ele tentar subir nas escadas, ele vai ser agredido pelo restante.

Depois, novamente é removido um dos 4 macacos antigos e substituído por um novo macaco.
O novo macaco vê a banana, começa a subir às escadas para pegá-la, mas é agredido pelos outros 3 macacos antigos e também pelo quarto (novo) macaco.

Novamente, troca-se mais um macaco. Restando então 2 antigos (atingidos por jatos d’água) e 3 novos.  Este ultimo macaco repete a cena. Vê a banana e tenta alcançá-la através das escadas e também é atacado pelos outros. 3 dos 5 macacos nem sabem porquê eles não podem subir as escadas, ou porquê eles estão agredindo os macacos novos.

Conclusão:
Depois todos os macacos que receberam um jato d’água foram trocados. Mas mesmo assim, nenhum dos macacos novos chegam perto da escada. Mas, por que não?
“Porque esse é o jeito que sempre foi por aqui.”


Você não está cansado de fazer seus negócios sempre da mesma maneira antiquada que te ensinaram... chegando sempre aos mesmos resultados indesejados? 



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um conselho!

Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês que estão lendo este texto, sou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo. E ela responde: Eu também não, meu filho".
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem, como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassú. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina.
Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.
É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito, para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias à seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida, que durante o almoço de domingo tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansear, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.
Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho.
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão.
E isso se chama sucesso!

"Todas as vitórias ocultam uma abdicação"                      (Simone de Beauvoir)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Emburrecimento" Mundial Planejado 2


No artigo anterior revimos fatos históricos sobre como ocorreu a transição da mão de obra escrava para a assalariada, bem como qual foi o propósito do modelo educacional existente como suporte fundamental ao sucesso deste processo de transição. Neste artigo analisaremos a transição da Era Industrial para a Era da Informação, de como a mão de obra está sendo afetada e os desafios educacionais para o suporte ao modelo econômico neste novo ambiente tecnológico. As máquinas e métodos possibilitaram aumento da produção pela redução de custos e eficiência da capacidade produtiva. Esta mecanização afetou tanto o setor agrícola quanto o setor industrial. Isto gerou inúmeros postos de trabalhos e, ao mesmo tempo, um novo mercado consumidor formado por esta mesma mão de obra produtiva assalariada. À medida que a mecanização sofisticou, tarefas braçais foram progressivamente substituídas por máquinas. Os sensores elétrico-eletrônicos viabilizaram os primeiros controles automáticos no funcionamento destas máquinas, gerando ainda mais eficiência e capacidade produtiva. Mais produção com mais eficiência é sinônimo de aumento de oferta. Por um princípio econômico, com mais oferta menor é o preço, e isto amplia o acesso ao consumo. Os primeiros computadores foram construídos a partir de válvulas. Devido ao tamanho e custo, tiveram uso muito restrito e não chegaram ao setor industrial no princípio, pela relação custo x benefício. Com a invenção do transistor e os circuitos integrados (miniaturização) há um novo salto tecnológico. O computador passa a reduzir de tamanho e custo, criando novas possibilidades de penetração desta tecnologia no setor produtivo. Agora as máquinas ganham mais sofisticação com aumento significativo da qualidade da produção. O barateamento do computador também criou a oportunidade de acesso a ele nos serviços empresariais e pessoais, trazendo grande salto de produtividade à mão de obra intelectual. Neste ponto temos um impacto de tamanha magnitude que não se percebe plenamente a abrangência de suas consequências. É o início da Era da Informação. Este artigo trata exatamente disto, com o objetivo de clarear percepções a todos nós imersos neste momento histórico que será facilmente descrito no futuro.
"Quando se está no quadro é impossível enxergar a moldura. Logo, é preciso uma visão externa para que se enxergue o quadro e a moldura."
Não quero ter a pretensão de assumir que esta visão que compartilharei é a única possibilidade, já que só o tempo será capaz de descrever o presente. Mas considerando que alguém que esteja (ou esteve) na ponta tecnológica tem maior percepção da aplicabilidade da tecnologia, sinto-me perfeitamente credenciado a descrever o que penso sobre onde estamos e para onde provavelmente iremos, já que ocupei altas posições em grandes corporações na área de tecnologia da informação. Creio que, a partir desta perspectiva, você sentirá a importância do trabalho que exercemos no marketing de rede e seu contexto neste conturbado ambiente de mudanças. Um dos grandes saltos tecnológicos foi o das telecomunicações. A partir do ponto em que a telefonia viabilizou a transmissão de dados, computadores passaram a se comunicar com outros computadores de forma cada vez mais rápida, ao ponto de chegar em tempo real. Temos aqui o network (rede de trabalho) de computadores e a internet passa a ser a ferramenta mais barata e efetiva de interconectar as diferentes plataformas de tecnologia em diferentes localidades ao redor do globo de forma simultânea, quase instantânea e muito acessível a grande parte de pessoas e praticamente a qualquer empresa. O que parece ser algo muito prático e usual no dia a dia é, por si só, um fenômeno de tal magnitude que faz com que os olhos mais distraídos não notem seu grande impacto no mundo, tal qual o conhecemos e percebemos.
Esta interconectividade é a base da globalização. A interdependência entre países é agora muito intensa, de forma que um problema local é compartilhado pelos meios de comunicação em tempo real e seu impacto passa a ser global. Por exemplo, um acidente aéreo faz com que ações de empresas de seguro e empresas aéreas possam oscilar instantaneamente em todas as bolsas mundiais. Recentemente, a crise imobiliária americana afetou a economia mundial de forma dramática. Grandes instituições bancárias em todo o mundo sofreram abalo e o setor produtivo mundial também foi afetado pelo efeito recessivo causado num único setor, em um único país. Em meio a este cenário, ao regressar de uma viagem aos EUA em novembro de 2010, deparei- me com uma máquina de auto-atendimento no aeroporto de Newark que não estava lá três meses antes. Esta máquina foi instalada ao lado do Duty Free pela Best Buy, uma grande cadeia americana de lojas de venda de eletro-eletrônicos. Por ocupar um pequeno espaço e dispensar a figura do vendedor, esta máquina permite uma significativa redução do custo da venda, onde a mão de obra empregada é de apenas um repositor de estoque, sendo as demais funções feitas automaticamente. Esta inovação tecnológica fará sentir seu impacto em breve. A cadeia de lanchonetes McDonalds representa o primeiro emprego de milhares de pessoas ao redor do mundo. Imagine-se entrar numa lanchonete, sentarse à mesa que tenha uma tela de computador onde você possa fazer seu pedido, passar o cartão e aguardar a informação para buscar seu pedido no balcão. Quantos postos de trabalho serão eliminados pela utilização de uma tecnologia que hoje é corriqueira? Outro efeito desta interconectividade é migrar a produção para onde a mão de obra é mais barata. Aqui temos um seríssimo impacto econômico que nos afeta diretamente, mas entrarei em detalhes deste impacto na nossa profissão de marketing de rede mais adiante. Empresas fecham suas fábricas nos países de origem e passam a produzir em países como China, Índia e Paquistão que têm condições de trabalho praticamente escravo, se comparados aos padrões ocidentais. Isto leva ao desemprego em países com escolaridade mais elevada, implicando em profundos impactos na economia destes países. Esta mão de obra só tem duas alternativas de renda: viver às custas do Estado ou partir para o empreendedorismo. Depender do Estado significa depender do contribuinte, logo significa ter maior carga tributária sobre a produção e sobre a mão de obra empregada, restringindo assim o poder de compra pelo aumento dos custos de produção e redução da capacidade
Na Era da Informação
 
Com a competitividade global, as empresas para sobreviver precisam reduzir custos de compra. É uma força desastrosa que se contrapõe à força de diminuição de custos pelo emprego de tecnologia e mão de obra mais barata. Os “baby boomers”, geração formada pela explosão da natalidade após a II Guerra Mundial durante o período de 1946 e 1964, modificaram a economia à medida que cresceram. Eles ingressaram no mercado de trabalho no princípio da formação dos sistemas de previdência social e foram os principais contribuintes. Os sistemas de previdência mundial estão em situação crítica. Mas o verdadeiro impacto está por ser sentido, já que a grande massa dos baby boomers está entrando agora na fase de receber os benefícios de aposentadoria para o qual contribuíram, num cenário onde há grande desemprego e conseqüente diminuição da manutenção da contribuição previdenciária. Isto significa um colapso previsível em curto espaço de tempo. A única saída será aumentar o tempo de serviço para obtenção do benefício e a própria redução do valor das aposentadorias pagas. Mas se temos desemprego e migração da mão de obra para onde ela está mais barata, não é lógico supor que a mão de obra que tenha mais idade terá dificuldade de se manter empregada? Sendo assim, é lógico imaginar que esta mão de obra deixará de contribuir para sua própria previdência e se aposentará por idade com proporcionalidade (redução) dos ganhos, agravando ainda mais o problema. Com o desemprego pela redução dos postos de trabalho surge a opção pelo empreendedorismo. Mas como empreender se a mentalidade criada pelo sistema educacional é de ser empregado numa boa empresa privada ou pública? Tanto jovens que querem ingressar no mercado de trabalho quanto trabalhadores diante do desemprego estão igualados neste entrave. A este grupo receoso e despreparado agregam-se os que temem possíveis mudanças do seu status quo e os insatisfeitos com sua remuneração. Com a competitividade global, as empresas para sobreviver precisam reduzir custos. É neste cenário que temos a atividade de marketing de rede como uma saída para o grupo de pessoas que não aprendeu a ser empresário, não tem os recursos para montar um negócio tradicional, mas que precisa de uma fonte de renda viabilizada pela parceria oferecida pelas empresas de marketing de rede que dividem com distribuidores a verba que até então era destinada a campanhas publicitárias, remuneração e manutenção de equipes de vendas. Espera-se um grande fluxo de pessoas que irão buscar esta saída e, como lei de oferta e demanda, muito mais empresas adotarão o marketing de rede como canal de distribuição. E onde fica o modelo educacional vigente? A manutenção da distração na sala de aula por excesso de conteúdo de ensino que não será retido (cultura inútil) para gerar mão de obra disciplinada a atuar da forma previsível e desejável poderá sofrer um leve revés, à medida que novas famílias criem seus filhos num ambiente empreendedor que o marketing de rede oferece, preenchendo a lacuna que existe dentro da sala de aula. É claro que enquanto houver novela, big brother e outras distrações intencionais, a percepção do que está ocorrendo no mundo será retardada, mas será inevitável.

(Autoria de Ricardo Guimarães)